Falando um pouco sobre “Morte Súbita” de J.K.Rowling,
ultimo livro da autora lançado no Brasil, faz um tempo que li o livro então vou
resumir aqui o que lembro.
A obra narra a vida cotidiana de uma pequena comunidade
britânica chamada “Pagford”, chamo comunidade devido ao fato de ser uma cidade
muito pequena, tanto que nela não encontramos prefeitos, vereadores e etc, e
sim um conselho, esse formado por moradores da cidade que são escolhidos por
meio de eleição, são uma espécie de vereadores, enfim, o enredo começa logo no
primeiro capítulo com a morte de Barry Fairbrother, fato esse que serve de
inspiração para o título da obra em português, já que em inglês temo o título “The
casual vacancy” que faz referencia ao fato de que com a morte de Fairbrother
surge uma vaga no conselho da cidade.
Fairbrother era um conselheiro ativista, defensor das
causas populares, do moradores mais pobres, que residiam numa espécie de bairro
chamado “Fields” que se localizava entre Pagford e “Yarvil”, cidade vizinha e
um tanto quanto maior, como a jovem Krystal, filha de mãe solteira e viciada.
Partindo da morte da Fairbrother, Rowling vai nos mostrando cada núcleo de personagem,
cada família a medida que a notícia de sua morte vai se espalhando, se não me
engano são sete famílias que de alguma forma se ligam umas as outras, e assim
vamos conhecendo suas histórias e como esta “notícia” os afeta, revelando seus
segredos, medos, fraquezas, mostrando toda a humanidade está presente em cada
um deles, apresentando em cada um seu lado mais doce, bom, coerente, como
também seu lado mais cruel, maléfico, ambicioso, mal caráter e aterrorizador,
acompanhamos o que cada personagem fala e o que ele realmente pensa, vemos o
que ele é, e o que ele aparenta ser, e dessa forma essa estória vai se
desenrolando, mostrando as vidas dessas pessoas, e como elas lidam com suas
próprias vidas muitas vezes medíocres e
outras tão admiráveis. Nesse enredo nos deparamos com temas polêmicos como
drogas, booling, estupro, preconceito, traição, autoflagelação e vingança.
Li o livro de forma lenta, talvez por ter uma leitura
pesada, com temas pesados, mas ao mesmo tempo envolvente, claro que tive aquele
personagem com quem mais me identifiquei, mas mesmo esse, que mais gostei, teve
um momento em que eu disse: “Não acredito que ela tá fazendo isso!”, em minha
opinião é um livro que fala da “verdade”, a verdade sobre nós mesmos, a verdade
sobre os seres humanos, um livro comovente, de enredo maravilhoso e final
fantástico e emocionante.